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PALESTRANTES

Elisabeth Murilho da Silva

possui graduação em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1993), mestrado e doutorado em Ciências Sociais (Antropologia) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1996 e 2003 respectivamente), realizou estágio pós-doutoral na École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris (EHESS em 2005). Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal de Juiz de Fora.

Resumo da palestra: As preocupações com modelos de virilidade bem aceitos ainda são uma questão importante na moda masculina e, nesse sentido, a influência dos jogadores de futebol como modelos a serem copiados tem sido bem importante em países onde esse esporte é popular, como o Brasil, a Inglaterra, a Argentina, a Itália, entre outros. A análise dessas influências fica mais clara ao se observar o uso da imagem de jogadores na divulgação de produtos através da publicidade. No caso do Brasil, o desenvolvimento e maior popularização desse esporte é paralelo ao maior alcance dos meios de comunicação de massa e das transformações do consumo a partir desses meios. Nesse percurso, enfatiza-se as transformações no poder de influência dos atletas ao longo dos anos, passando de ídolos das classes populares marginalizados nas sedes sociais dos clubes aos quais pertenciam a modelos de sucesso para toda a sociedade e estrelas de campanhas da moda de luxo.

Fernanda Theodoro Roveri

é Doutora em Educação pela Unicamp na linha de Educação e História Cultural e membro do Grupo de Pesquisa Focus (FE/Unicamp). Atua na Educação Infantil e na formação continuada de professores na Secretaria Municipal de Educação de Campinas-SP. É autora do livro: “Barbie na educação de meninas: do rosa ao choque”, pela Editora Annablume, SP.

Resumo da palestra: Esta palestra apresenta parte de reflexões desenvolvidas em minha pesquisa de doutorado em Educação (Unicamp), cujo objetivo é analisar as representações de infância presentes em revistas de variedades e compreender como estas constituíram um dos locais de produção discursiva sobre a infância. Discutiremos sobre a educação do corpo de meninos por meio das roupas, dos sapatos e dos penteados, a partir de textos e imagens veiculados em anúncios e em discursos presentes nas revistas infantis da década de 1950. Buscaremos compreender, assim, os indícios de uma educação que prescrevia regras e comportamentos legitimados na vida social de meninos pertencentes aos grandes centros urbanos brasileiros da primeira metade do século XX.

Jefferson José Queler

Resumo da palestra: A imagem pública de Jânio Quadros é frequentemente considerada como desprovida de quaisquer significados políticos, seja por historiadores ou pela memória coletiva. Na maioria dos casos, ele é tratado como um demagogo que se promovia apenas através de seu personalismo, exibindo-se em suas aparições públicas despenteado e com camisas abertas no colarinho. Nesta apresentação, porém, pretendo sugerir que, perpassando a década de 1950 e o início da de 1960, desde o início de sua carreira até o momento em que disputou eleições presidenciais e foi o presidente do Brasil, as imagens de Jânio veiculavam um amplo leque de sentidos políticos. Por meio de gestos e roupas, destacando-se aí seus slacks indianos, ele procurou expressar seus projetos relacionados à Democracia Cristã e à Política Externa Independente.

é bacharel em História (2001) e Licenciatura em História (2004) pela Universidade de São Paulo. É Mestre (2004) e Doutor (2008) em História pela Universidade Estadual de Campinas (2004). Realizou estágio pós-doutoral na Universidade Estadual de Campinas e na Universidade de Birmingham, Reino Unido. Atualmente é Professor Adjunto da Universidade Federal de Ouro Preto.

Janaína Damaceno Gomes

Professora Adjunta da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF/UERJ). Doutora em Antropologia Social (2013) pela USP, Mestre em Educação (2008) e Bacharel em Filosofia (1999) pela Unicamp. Realizou o pós-doutorado no Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSCar, com o projeto "Uma Vida em Arquivos", cuja temática era a formação de arquivos visuais e audiovisuais de movimentos sociais negros no Brasil, na África do Sul e nos Estados Unidos. Em março de 2014, participou das Jornadas Cinematográficas da Mulher Africana de Imagem em Burkina Faso. Neste período visitou a Cinemateca Africana e o arquivo de imagens coloniais do Institut Image. Com Janaína Oliveira está organizando um livro de entrevistas, resultado de seus encontros, em Burkina Faso, Moçambique e Brasil, com os cineastas Idrissa Ouedraogo, Gaston Kaboré, Cheik Omar Sissoko, Manthia Diawara, Veronique Kanor, dentre outros. Seus interesses de pesquisa incidem sobre Feminismo Negro; Ciências Sociais e Educação; relações entre Estética e Política; Cultura Visual e Audiovisual em África e na Diáspora Africana. Em novembro e dezembro de 2014, realizou pesquisas no Instituto Nacional de Audiovisual e Cinema (INAC) de Moçambique e na África do Sul. Desde novembro de 2013 é uma das coordenadoras do Fórum Itinerante de Cinema Negro (FICINE). www.ficine.org.br.

Resumo da palestra: Rotimi Fani-Kayode: o corpo negro em êxtase
Neste texto iremos tratar da representação do corpo negro africano na obra do fotógrafo nigeriano yorubá Rotimi Fani-Kayode (1955-1989) e do manifesto “Traços de Êxtase” escrito por ele. Seu trabalho é marcado pelo que ele mesmo define como uma “investigação imaginativa da negritude, da masculinidade e da sexualidade”, que contesta as representações “mistificadoras” do corpo negro masculino.

Maria do Carmo Teixeira Rainho

Maria do Carmo Teixeira Rainho é doutora em História pela UFF; mestre em História Social da Cultura pela Puc-Rio e graduada em História pela UERJ. É pesquisadora do Arquivo Nacional e, desde 2016, atua também no Museu Histórico Nacional em projetos de difusão do acervo de indumentária. Autora, entre outros, dos livros A cidade e a moda: novas pretensões, novas distinções – Rio de Janeiro, século XIX (Ed. UnB), 2002 e Moda e revolução nos anos 1960, (Ed. Contra Capa), 2014. Seus temas de investigação são história da moda, teoria e historiografia da moda, história da fotografia e cultura visual.

Resumo da palestra: A palestra examina o papel das roupas, acessórios, cabelos e posturas corporais na construção da imagem de Caetano Veloso no período compreendido entre 1967-1972. Nossa hipótese é que estes aspectos foram tão relevantes quanto a música produzida por ele na conformação de sua identidade como artista, sendo responsáveis pela prisão e exílio do cantor em 1969.  Nossas fontes são as fotografias do jornal Correio da Manhã, as matérias publicadas pela imprensa carioca no período em questão e os documentos produzidos pelos órgãos de segurança e informação do regime militar.

Maíra Zimmermann de Andrade

é doutora em História pela Unicamp, realizou estágio de doutoramento na London College of Fashion, mestre em Moda, Cultura e Arte pelo Centro Universitário Senac, especialista em Jornalismo de Moda e Estilo de Vida pela Universidade Anhembi Morumbi e bacharel em História pela UFSC. Atualmente é professora da graduação de Design de Moda (FAAP) e da pós-graduação Moda e Criação (FASM). É autora do livro Jovem Guarda: moda, música e juventude (Estação das Letras e Cores; Fapesp: 2013) e de artigos publicados em revistas nacionais e internacionais, como Fashion, Film and Consuption e Record Magazine: Journalism and Mass Communication.

Resumo da palestra: A exposição aborda o estabelecimento da cultura juvenil no Brasil na passagem dos anos 1950-60, levando em consideração a relação entre moda, mídia e rebeldia, bem como o papel dos meios de comunicação como difusores dos termos “juventude transviada” e “playboys” para identificar esse grupo. Por meio de imagens, principalmente da revista O Cruzeiro, buscará se entender de que maneira a mídia cataloga o tipo juvenil rebelde, principalmente os garotos, por meio de seu estilo repleto de significados, interpretado como uma mescla entre modos de vestir e de comportamento.

Maria Claudia Bonadio

Resumo da palestra: O objetivo da palestra é analisar as semelhanças e apropriações dos retratos de Oscar Wilde pelo costureiro, tendo como corpus documental as fotografias do escritor realizados na década de 1880 e aquelas de Dener divulgadas na imprensa brasileira nas décadas de 1960 e 1970. O objetivo é notar como os usos que o costureiro faz das imagens do escritor e dândi inglês vão além da mera semelhança visual, uma vez que, tal qual Wilde, Dener se utiliza da estetização de sua existência como meio de agregar valor ao seu trabalho e também de forma semelhante a Wilde, consegue ser aceito nas altas rodas, especialmente da sociedade paulistana, apesar de utilizar roupas e gestual que se desafiavam os padrões de virilidade então em vigência.

possui Bacharelado (1996), mestrado (2000) e doutorado em História pela Universidade Estadual de Campinas (2005). Realizou estágio pós-doutoral no Museu Paulista da Universidade de São Paulo (2014). Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal de Juiz de Fora atuando no Bacharelado Interdisciplinar em Arte e Design, no curso de Moda e no mestrado em Artes, Cultura e Linguagens. É autora dos livros "Moda e Sociabilidade" (2007) e "Moda e Publicidade" (2014) - 2o. lugar na categoria trabalhos publicados do 29o. prêmio de design do Museu da Casa Brasileira e finalista do prêmio Jabuti - e ao lado de Maria de Fátima Mattos organizou o livro "História e Cultura de Moda" (2011). Desde 2010 é membro da diretoria da Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas em Moda (Abepem) e editora da revista da mesma associação, a dObra[s] desde 2015.

Maria Cristina Volpi

é professora associada e pesquisadora na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Suas publicações sobre história e historiografia da indumentária e da moda no Rio de Janeiro nos séculos XIX e XX tem como foco os aspectos estéticos e materiais da aparência vestida.

Resumo da palestra: A palestra trata do estudo do vestuário de artistas e figuras públicas - atores chave da moda - no Rio de Janeiro no final do século XIX e início do XX. O trabalho de interpretação desses modelos - de um lado, os símbolos e signos vestimentares associados ao dandismo literário e artístico europeu, e, de outro, o padrão vestimentar racional e pragmático norteamericano - permite que sejam problematizadas as escolhas simbólicas e estéticas, como modos de construir e expressar visões de mundo, encontrando aí a chave para compreender as múltiplas escolhas e os movimentos sucessivos que são a própria forma da contemporaneidade.

Maria Eduarda

Araujo Guimarães

é doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Atualmente é professora do curso de Design de Moda do Centro Universitário SENAC. Desde 2013 é editora da Iara: revista de moda, cultura e arte. Pesquisadora da área de cultura e consumo, é líder do grupo de pesquisa em Cultura e Comportamento do diretório de grupos do CNPq.

Resumo da palestra: Pretendo discutir como a aparente invisibilidade do consumo masculino de vestuário ao longo do século XIX e começo do XX, acabou por tornar o vestir masculino um assunto secundário na história da moda, mesmo que a partir dos anos 1960 este segmento tenha protagonizado inúmeras transformações e, em alguns momentos, ter sido mais radicalmente inovador e ter influenciado a indústria da moda de maneira ampla. Como exemplo dessa expansão do consumo de moda masculina, apresento a moda que surge na periferia dos grandes centros urbanos do Brasil a partir dos anos 1990 e que se espraia para o centro, se tornando uma representação do estilo de vida dos jovens que habitam esse território. Ao apresentar a moda que surge no Hip Hop e no Funk, analiso duas estratégias que são criadas por esses grupos para alcançar visibilidade: criar suas próprias marcas, capazes de representar suas identidades, ou utilizar marcas famosas e com prestígio para agregar esse prestígio à própria aparência.

Mylene Mizrahi

é doutora em Antropologia Cultural pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (PPGSA-IFCS-UFRJ), com estágio doutoral na University College London (UCL) e pósdoutorado pelo PPGSA-IFCS-UFRJ. Sua tese recebeu o primeiro lugar do Prêmio IPP Rio Maurício de Almeida Abreu, do Instituto Pereira Passos, e foi publicada em 2014 pela Editora 7Letras, sob o título "A Estética Funk Carioca: criação e conectividade em Mr. Catra". Sua dissertação de mestrado será publicada em breve pela mesma editora, sob o título "Figurino Funk: roupa, corpo e dança em uma festa carioca".

Resumo da palestra: No funk carioca, para falarmos dos homens e suas elaborações de beleza, temos que falar também das mulheres. Essa é a retórica presente nas falas de um tipo de masculinidade exemplar, associada aos homens mais velhos – os padrinhos do funk – e ao ethos masculino dos antigos chefes do tráfico de drogas das favelas. Acompanharemos o cantor Mr. Catra e a exposição ostensiva que ele e outros fazem de itens de riqueza, como maços de dinheiro, fuzis de ouro, joias, bem como tênis, roupas e chapéus. Nessa conjuntura a “mulher”, que alguns concebem como objetificada, é um desses elementos que permitem ao homem se entender como tal. Ao mesmo tempo, permite-nos acessar uma noção de pessoa masculina relacional na qual a “mulher” desempenha papel constitutivo.

é doutora em Comunicação e Semiótica PUCSP (2015), mestre em Design pela Universidade Anhembi Morumbi (2011), especialista em Marketing e Gestão Empresarial pela UFSC (2001) Bacharel em Moda Com Habilitação em Estilismo pela UDESC (2000). Atualmente é diretora executiva da Associação Brasileira de Estudos e Pesquisa em Moda, vice-presidente do Congresso Brasileiro de Iniciação Científica em Design e Moda, coordenadora da Pós-graduação de Modelagem Plana e Moulage para Moda e professora da graduação em Design de Moda da Pontifícia Universidade Católica do Paraná-PUCPR.

Resumo da palestra: Vivenciamos um momento de atualização na construção imagética masculina, manifestações artísticas e de mercado apontam para a redefinição e ampliação do conceito de masculinidade, reorganizando novos sentidos. A partir do vestir o homem contemporâneo, constrói novos significados sobre o seu corpo e começa a manipular muito mais os elementos estéticos e estésicos para sua constituição visual corporal
que apontam importantes mudanças na relação e significação do corpo na cultura ocidental. Neste contexto, a roupa íntima ganha importância, as modificações de seu uso (modelagem, formas, materiais, padronagens, entre outros) caracterizam novos discursos que se articulam e se inscrevem ao corpo masculino. Nas publicidades de underwear podemos apreender diferentes significados na construção de novas aparências, novas configurações e adequações plásticas de um corpo que se remodela também frente a novas propostas comportamentais, no qual a cueca passa a destacar seu valor simbólico.

Taisa Sena Vieira

Wagner Xavier de Camargo

atualmente é pós-doutorando da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior (CAPES) no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Pós-doutor em Antropologia Social pela mesma universidade com bolsa FAPESP (2013-2016) e doutor em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina-UFSC (2008-2012) tem desenvolvido pesquisas nos campos de Antropologia das Práticas Esportivas e Estudos de Gênero, Corporalidades e Sexualidades. Coordena dois núcleos científicos na UFSCar: o LELuS, ou Laboratório de Estudos das Práticas Lúdicas e Sociabilidade, e o ELKE, Grupo de Estudos de Gênero.

Resumo da palestra: A proposta desta fala é pensar antropologicamente sobre a “fetichização” de trajes esportivos (via códigos de vestimenta ou dresscodes) por parte de indivíduos que se consideram "atletas" e que participam de uma festa temática singular. Nessa festa denominada "Festa de Atletas", buscam-se desejos, afetos e a sexualização dos corpos, que erotizam cenários e situações. De minha parte interessou perceber como operam as convenções de gênero entre os atletas/esportistas participantes e quais as funções sociais ou de gênero e signos sexuais das roupas esportivas masculinas e dos usos feitos pelos corpos em questão. Explorando as roupas como elementos do simbólico para a excitação sexual dos indivíduos, pretendi compreender como tais peças do vestuário se transformaram, para alguns deles, em coisas fundamentais de excitação erótica, potencializando fetiches.

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